Mogi das Cruzes realiza campanha de combate às drogas
terça-feira, 28 de agosto de 2012O comando da Polícia Militar de Mogi das Cruzes e Região acerta ao priorizar o combate às drogas, com o policiamento ostensivo e preventivo aos principais focos do tráfico. O avanço da comercialização da maconha, cocaína e a perigosa popularização do crack mais do que justificam a realização de operações permanentes contra o crime organizado.
O desenvolvimento de uma estratégia combativa de segurança pública tem sido cobrado regiamente por O Diário, ante o crescimento da violência. E os resultados apresentados pela Polícia Militar em reportagem publicada no final de semana mostram que este é mesmo o melhor caminho para frear a venda e o consumo dos entorpecentes, e os demais crimes originados dessa rica fonte financeira das quadrilhas especializadas.
Algumas semanas após o preenchimento dos cargos de comando dos batalhões e do Comando de Área Metropolitano (CPAM-12) nota-se outro compasso no enfrentamento da marginalidade, com a divulgação do aumento no números de detenções. Uma prova inequívoca do quanto a falta de um comando efetivo vinha comprometendo a atuação das forças policiais.
O que se espera, agora, é a manutenção das ações nos guetos comandados por bandidos. A represália à presença policial na Vila Estação reflete como a situação caminhava para adquirir proporções descontroláveis. O combate a esse tipo de crime andava esquecido na Cidade.
A pedido dos moradores, acuados com a ousadia dos traficantes, uma viatura começou a ser mantida ali diariamente, por determinação do capitão Anderson Caldeira, logo após ele ter assumido a 2ª Companhia da PM. Este jornal acompanhou esse caso, porque foi procurado por moradores, assustados com o estado lastimável de jovens drogados que perambulavam em delírio, por matagais do bairro. A população clama pela proteção policial, dentro da legalidade, naturalmente.
Essa luta não cabe apenas à Polícia. É preciso fomentar o engajamento de toda a sociedade e do poder público municipal no desenvolvimento de programas auxiliares, fundamentais para tratar o consumo de entorpecentes, e também do álcool, hoje um problema de saúde pública. Muito se tem falado, é hora de agir.
Essa questão requer conquistas pontuais, como a clínica para o tratamento – uma promessa do Governo do Estado de São Paulo para ser cumprida no ano que vem. Muitos dos dependentes são jovens, por isso, se faz necessária ainda a ampliação das campanhas educativas e de orientação para este público e para os pais e familiares, que não sabem o que fazer quando desconfiam ou têm a certeza do envolvimento do filho com qualquer tipo de droga.
Fonte: Diário de Mogi