Propostas 14 mudanças em bairros de Mogi das Cruzes
sexta-feira, 4 de novembro de 2011Quatorze alterações no zoneamento da cidade Mogi das Cruzes foram aprovadas pela Prefeitura Municipal para serem colocadas em discussão na audiência pública já agendada para o próximo dia 21 (leia matéria nesta página). Deste total, 13 são de autoria dos vereadores mogianos e uma do prefeito Marco Bertaiolli (PSD). Esta última permite a instalação da multinacional Daikin, na Vila Moraes.
Ontem, o presidente da Câmara, Mauro Luís Claudino de Araújo (PMDB), convocou entrevista coletiva para falar das mudanças propostas. Segundo ele, todos os pedidos de alterações foram estudados por equipes técnicas da Administração Municipal que avaliaram a viabilidade das modificações no ordenamento do uso e ocupação do solo da Cidade.
Quanto às mudanças que foram rejeitadas pela Prefeitura, o presidente disse que não irá comentar. “Se elas não foram incluídas no projeto, não tem porque falar sobre elas”, disse. Do projeto original da Câmara, a Administração não incluiu a permissão para estabelecimento de peças e acessórios para autos no Jardim Universo, a transformação de zona residencial para comercial, em área de Jundiapeba, a transformação de Zona de Transição para Zona Residencial Mista em trecho da Mogi-Salesópolis, a permissão de oficina mecânica na Avenida João XXIII, serralheria na Vila Ressaca e alteração de zona residencial para mista de trecho na Avenida Ricieri José Marcatto, em César de Souza.
Aprovadas
Alvo de grande polêmica, a permissão para a implantação de 11 tipos diferentes de estabelecimentos comerciais em um trecho de um quarteirão da Rua Francisco Assis Monteiro de Castro, na Vila Oliveira, foi avaliada como viável pela Prefeitura Municipal. A mudança é de autoria de Mauro Araújo, como ele mesmo confessou, ontem. Na época que foi apresentada pela Câmara, moradores do local chegaram a afirmar que não concordavam com as alterações. Desde junho deste ano, um salão de beleza já funcionava, irregularmente. Ontem, a reportagem de O Diário constatou que o comércio está em pleno vapor, mesmo sem que o zoneamento tenha sido votado e aprovado, denotando a falta de fiscalização e punição para negócios clandestinos. O salão fica localizado em frente à residência do vereador Protássio Nogueira (PSD).
Outra mudança, entre as 14 (veja quadro), que ganhou o aval do Executivo e que deve ser discutida em audiência pública, é a transformação de um quarteirão localizado no Socorro de área comercial para área residencial de alta densidade. Nogueira foi, originalmente, o autor desta proposta que, segundo a Prefeitura, está correta.
O trecho compreende as ruas Roberto Landel de Moura, Adriano César Pinto, João Amaro Gomes e um pedaço da Avenida São Paulo. No local, o único comércio existente é a Flora Komatso, de propriedade de Akira Komatso, que ficou assustado com a possibilidade de ter de deixar o imóvel, caso a mudança seja aprovada. “Eu alugo este terreno para o meu negócio e no ano passado o dono daqui já havia me dito que terminando o meu contrato, ele iria vender o imóvel a uma construtora que queria construir um prédio residencial. Mas neste ano, ele me disse que não iria mais vender. Agora veio esta notícia. O vereador deve ter proposto esta mudança a pedido de alguém que quer obrigar o dono da área a vendê-la”, comentou Komatso.
Fonte: O Diário de Mogi