Vazamento de adutora deixa 5 bairros de Mogi das Cruzes sem água
quinta-feira, 24 de março de 2011Um vazamento descoberto na adutora da rua Professora Lourdes Lopes Romeiro Ianuzzi, no Jardim Pavão, prejudicou ontem o abastecimento de água em cinco bairros de Mogi das Cruzes. A casa onde o problema foi identificado teve de ser interditada pela Defesa Civil até que os reparos sejam realizados.
Por conta do incidente, cinco bairros ficaram sem água: Alto do Ipiranga, Vila Lavínia, parte do Parque Santana, Vila Cléo e Chácara Jafet. A previsão do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) é de que o serviço fosse restabelecido até a madrugada de hoje. A vistoria realizada ontem no local contou ainda com a presença do secretário municipal de Segurança Eli Nepomuceno.
Após funcionários da obra do Córrego dos Canudos notarem uma quantidade anormal de água no rio, um comunicado foi feito à autarquia na segunda-feira. Um dia depois, uma equipe do Grupo de Operações Especiais do Semae (Goes) fez um trabalho com equipamentos específicos para identificar o local exato do vazamento. O problema afetou 18 residências, mas apenas uma foi interditada.
O vazamento se encontra no banheiro da casa e atingiu um dos pisos do cômodo. Um buraco foi aberto no local para realizar os reparos. “São três buracos com cerca de 2 centímetros de diâmetro cada. Iremos consertar o vazamento soldando e compactando o lugar”, explicou o diretor do Semae, Edílson Mota de Oliveira. Ele explicou que o local possui uma grande pressão de água e que não se sabe ao certo há quanto tempo o vazamento está ocorrendo.
O coordenador da Defesa Civil, Valdir de Oliveira, afirmou que a interdição foi realizada como forma preventiva. “A interdição valerá até o Semae terminar as obras. O vazamento não teve grandes danos. Por ser perto do córrego, acredito que não tenha risco de desmoronar, pois a água encontrou um caminho para escoar”, apontou.
O proprietário da residência, Adelvan Rossevelt de Melo, 66 anos, afirmou que quando comprou o terreno não sabia da existência da adutora no local. “Faz 20 anos que moro aqui. Achei que não teria problema porque todos tinham construído. Foi falta de esclarecimento. Eles deveriam mudar de lugar a adutora para não termos mais problemas”, acrescentou.
A babá Maria Aparecida de Melo, 59, temeu pela segurança da família e lembrou que o problema de vazamento já havia sido comunicado ao Semae. “Há cerca de um ou dois messes avisamos o Semae que estava minando água da caixa de esgoto. Quando vi que o problema era da adutora, fiquei com medo, porque sempre vemos pessoas sendo engolidas pelos buracos que são formados”.
O terreno onde as residências foram erguidas é de propriedade da Universidade de São Paulo (USP). “É um terreno particular invadido há mais de 30 anos. E é o proprietário do espaço que tem de se manifestar a respeito disso”. A previsão é de que os reparos fossem concluídos na noite de ontem.
Fonte: Mogi News